quarta-feira, 11 de junho de 2014

Pagode

O pagode surgiu no Rio de Janeiro, mais precisamente nos morros cariocas. O ritmo é uma invenção dos negros que, quando libertos, começaram a usar o corpo para a dança. Por isso, o pagode tem bastante influência das religiões africanas. O pagode surge da necessidade de criar uma identidade para aquele povo recém liberto.
A partir dos anos 70, o termo começou a ser usado para definir as festas e reuniões acontecidas nas casas e quadras do subúrbios carioca.
Apesar de ser uma das vertentes do samba, o pagode tem o ritmo mais acelerado que seu patriarca, além de introduzir o repique de mão (criado pelo músico Ubirany, do grupo Fundo de Quintal), o tantã (criado pelo músico e compositor Sereno, do grupo Fundo de Quintal) e o banjo com braço de cavaquinho (criado por Almir Guineto).
Por ser um gênero extremamente popular, o pagode ficou conhecido em todo país. A facilidade de criar uma roda de samba, que é o nome dado aos shows intimistas de pagode, fez com que o ritmo ganhasse força. Em qualquer esquina amigos podem se reunir com  um pandeiro , e muitas vezes, um balde improvisado como tantã e fazer uma roda de samba. Muitos grupos de sucesso no meio do pagode, surgiram dessa forma.
Os primeiros nomes a se  destacar no pagode foram: Almir Guineto, ZecaPagodinho,Deni de Lima, o grupo Fundo de Quintal, Jovelina Pérola Negra, Jorge Aragão, Mauro Diniz e Nei Lopes. Um álbum que deve destaque foi “Raça Brasileira” de 1985, que reuniu vários dos artistas citados.

A partir dos anos 90, o pagode de raiz foi perdendo terreno pro pagode mais comercial. Grupos como Exaltasamba, Só Pra Contrariar e Katinguelê surgiram e fizeram grande sucesso, vendendo milhões de discos e arrastando multidões. Hoje tanto o pagode de raiz, quanto o comercial, tem espaço no meio e fazem sucesso com o público. 



Por: Mariana Silva

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