O pagode surgiu no Rio de
Janeiro, mais precisamente nos morros cariocas. O ritmo é uma invenção dos
negros que, quando libertos, começaram a usar o corpo para a dança. Por isso, o
pagode tem bastante influência das religiões africanas. O pagode surge da necessidade
de criar uma identidade para aquele povo recém liberto.
A partir dos anos 70, o
termo começou a ser usado para definir as festas e reuniões acontecidas nas
casas e quadras do subúrbios carioca.
Apesar de ser uma das
vertentes do samba, o pagode tem o ritmo mais acelerado que seu patriarca, além
de introduzir o repique de mão (criado
pelo músico Ubirany, do grupo Fundo de
Quintal), o tantã (criado pelo músico e compositor Sereno, do grupo Fundo
de Quintal) e o banjo com braço de cavaquinho (criado por Almir
Guineto).
Por ser um gênero extremamente
popular, o pagode ficou conhecido em todo país. A facilidade de criar uma roda
de samba, que é o nome dado aos shows intimistas de pagode, fez com que o ritmo
ganhasse força. Em qualquer esquina amigos podem se reunir com um pandeiro , e muitas vezes, um balde
improvisado como tantã e fazer uma roda de samba. Muitos grupos de sucesso no
meio do pagode, surgiram dessa forma.
Os primeiros nomes a se destacar no pagode foram: Almir Guineto, ZecaPagodinho,Deni de Lima, o grupo Fundo de Quintal, Jovelina Pérola Negra, Jorge Aragão, Mauro Diniz e
Nei Lopes. Um álbum que deve destaque foi “Raça Brasileira” de 1985, que reuniu
vários dos artistas citados.
A partir dos anos 90, o
pagode de raiz foi perdendo terreno pro pagode mais comercial. Grupos como Exaltasamba,
Só Pra Contrariar e Katinguelê surgiram e fizeram grande sucesso, vendendo milhões
de discos e arrastando multidões. Hoje tanto o pagode de raiz, quanto o
comercial, tem espaço no meio e fazem sucesso com o público.
Por: Mariana Silva
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