domingo, 1 de junho de 2014

As pedras fundamentais do indie brasileiro

O jornalista Alexandre Matias (revistas Zero, Bizz) publicou no blog  Trabalho Sujo, uma lista  os 25 discos “pedras fundamentais” para a criação do mercado independente brasileiro, tanto do comercial como artístico.  



1) Singin' Alone - Arnaldo Baptista (1982)
2) 3 Lugares Diferentes - Fellini (1987)
3) O Ápice - Vzyadoq Moe (1988) 
4) Cascavelettes (1988) 
5) You - 
Second Come (1991) 
7) Killing Chainsaw (1992)
8) Rotomusic de Liquidificapum - Pato Fu (1993) 
9) Scrabby? - Pin Ups (1993)
10) Mod - Relespública (1993) 
11) Nunca Mais Vai Passar o Que Eu Quero Ver - Doiseu Mimdoisema (1994) 
12) Uh-La-La - Dash (1995) Antes de provocar suspiros com seu baixo Danelectro a bordo dos Autoramas (e ao lado do ex-Little Quail Gabriel Thomaz), Simone do Vale era a líder de um supergrupo indie carioca. Gritalhona e com jeito de moleque, ela era uma das guitarrista do grupo, ao lado de Diba Valadão (na outra guitarra), Formigão (que depois entrou para o Planet Hemp, no baixo) e Kadu (ex-Second Come, na bateria). O hit "Sexy Lenore" transformou a demo Sex and the College Girl num hit do underground do Rio e fez com que o grupo fosse sondado pela misteriosa gravadora Polvo, que lançou o único CD da banda, pra ninguém. Com a capa desenhada por David Mazzuchelli, o disco passou por uma série de empecilhos que o tornaram item de colecionador. O ano era 1995, as grandes gravadoras tinham dado as costas para o rock, as pequenas perdiam ilusões de vendagens altas e vários picaretas apareceram no meio da história. O disco do Dash é apenas um dos muitos exemplos de uma geração pega com as calças na mão. 
13) 100 Km c/ 1 Sapato - Lacertae (1995) 
14) Carbônicos - The Charts (1996) 
15) Learn Alone Or Read The User's Manual - Sleepwalkers (1996) 
16) Baladas Sangrentas - Wander Wildner (1997) 
17) Menorme - Zumbi do Mato (1997) 
18) A Sétima Efervescência - Júpiter Maçã (1998) 
19) Chora - Los Hermanos (1999)
20) Astromato (1999) Continuação dos experimentos noise e industrial da época do Waterball (92-95), o Astromato era filho direto do Weed, banda de pop guitarreiro britânico que, brincando com as palavras, passou a compor em português e se deu bem. Sua primeira fita era mais um degrau na escalada que o indie brasileiro dava rumo à sua auto-suficiência artística. Se gaúchos e cariocas ajudavam o rock a perder o jeito de moleque, os campineiros explicavam que algumas qualidades (como sensibilidade e timidez) não pertenciam à adolescência. Além disso, a dupla de guitarras Armando e Pedro tramavam texturas sônicas à moda das bandas inglesas que tanto influenciaram o indie no começo dos anos 90 (e que ainda repercutiam, graças a bandas como os mineirosVellocet, o carioca Cigarettes e os catarinenses Madeixas). Aos poucos, o ciclo vai se fechando. 
21) De Luxe 2000 - Thee Butchers' Orchestra (1999) 
22) It's An Out of Body Experience - Grenade (1999)
23) Brincando de Deus (2000) O terceiro disco destes baianos deveria ter o título que Experience, do Grenade, levou. Afinal, seria lançado um ano antes e produzido por Dave Friedmann (Flaming Lips, Mercury Rev, Mogwai) caso todo seu equipamento e pré-produções não fossem perdidos num incêndio. O grupo se refez e, ao lado do talentoso produtor e tecladista André T. (responsável pela sonoridade de novos baianos como Rebeca Matta e a banda Crac!), gravou seu álbum definitivo, imbatível. Um disco que poderia ser lançado no mercado exterior sem dificuldades e que, apesar da anglofilia, é essencialmente brasileiro.
24) Peninsula - PELVs (2000)
25) O Manifesto da Arte Periférica - Wado (2001)

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por KKSR

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