quarta-feira, 11 de junho de 2014

Estudo antropológico: FUNK

            FUNK
            O funk é um gênero musical que surgiu através da música negra norte-americana no final da década de 1960.  Se originou a partir da soul music, tendo uma batida mais pronunciada e algumas influências do rock e da música psicodélica. Umas das principais características desse estilo são as batidas marcantes e dançantes.
            Esse estilo musical vive em constantes mudanças com o passar dos anos. O funk sofre alterações em seu gênero, desde os anos 60 até os dias de hoje. Na década de 60, o funk surgiu como uma mistura  soul, jazz e rhythm and bluesEra considerado como indecente, pois suas letras retratavam de sexo e tinham frases repetidas.
            Já na década de 80, o funk quebrou o funk tradicional e transformou em vários outros subgêneros. No final dos anos 80, surgiu a house music. Derivado do funk, esse estilo tinha como característica a mistura do funk tradicional e efeitos sonoros eletrônicos.
            O funk carioca vem das favelas do Rio de Janeiro e ele se difere do funk originado dos Estados Unidos, mas tem uma influencia do miami bass e do freestyle
            O gênero carioca é considerado um dos principais e tocado em todo país, e não somente na cidade do Rio de Janeiro, como caracteriza o nome. Em 2000 o funk carioca começou a se modificar e passou a ter sua característica própria. As festas que tem o gênero tocado são conhecidas como “baile funk”.  Esses bailes aconteciam primeiro dentro das favelas cariocas, mas com o passar dos anos, foi caindo no gosto popular e isso foi fazendo com que o funk se espalhasse por todo país.
            O som tocado dentro dessas comunidades falavam sobre drogas, armas e a vida nas favelas. Posteriormente a temática principal do funk veio a ser a erótica, com letras voltadas para a vida sexual, duplo sentido e exposição da mulher como objeto sexual.
            O funk é muito mais que um gênero musical, o funk pode ser considerado e é para alguns, uma representação cultura. Seu estilo saiu do morro e foi parar em festas de classe alta e até mesmo na TV. Nos dias de hoje, temos diversos tipos de funk, como
melody, proibidão e ostentação (predominante em São Paulo). Como qualquer outro gênero, o funk não agrada a todos e é marginalizado por alguns.
            O funkeiro é alvo de preconceito por expor seu gosto musical na sua identidade. Influenciados pelo som, a cultura varia de acordo com os gêneros, ou seja, “funk carioca” ou “funk brasileiro”. Roupas largas, óculos coloridos, cabelos pintados, piercings, brincos, camisas com referencias do estilo, etc...

“A festa é excesso, em todos os sentidos, para não fazer sentido algum. O som muito alto, o contraste entre as luzes que piscam sem parar e a escuridão quase dominante, as danças cada vez mais intensas, os gritos de satisfação, a ameaça sempre presente da violência. A festa é loucura, afirmação inconsequente e irresponsável de que a vida vale a pena ser vivida. A alegria apesar de toda a miséria do quotidiano.” (Vianna: 108)
  

Referências:


Ananda de S. Oliveira 

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