sexta-feira, 4 de julho de 2014

RESENHA: 13 - Black Sabbath


Por Bruno Paulino




13 (Thirteen) é o décimo nono disco de estúdio do Black Sabbath, banda formada em Birmingham( Inglaterra) no início da década de 70 e que é considerado por muitos os criadores do Heavy Metal. O disco mostra todas as características que fizeram do Black Sabbath um dos pilares mais importantes da história do Rock. Tony Iommi( guitarrista) mostra porque é considerado o mestre dos riffs. Todas as oito faixas de "13" contém riffs marcantes, cavernosos e cheios de vigor e densidade, além de solos com muito feeling. A musicalidade sombria e repleta de tons menores que consagrou o Black Sabbath é deveras valorizada nesse álbum. O baixo de Terry ‘Geezer’ Butler e a bateria de Brad Wilk( o baterista da formação original, Bill Ward, não aceitou participar da reunião da banda) formam uma cozinha coesa e incisiva, contribuindo de forma sublime para a estrutura musical onde se sobressaem a guitarra de Iommi e o vocal inconfundível de Ozzy Osbourne, que traduz todo seu carisma e irreverência. Ele é uma das provas vivas de que muitas vezes não é necessário fazer aulas de canto para ser um bom vocalista. É uma questão de saber ou não saber fazer. Ozzy já nasceu com o dom de cantar. Isso se constata a cada vez que ouvimos os primeiros álbuns do Black Sabbath que conta com ele nos vocais, além de sua bem-sucedida carreira solo. Ozzy é um privilegiado porque durante toda a vida sempre esteve acompanhado de músicos de alto nível.

O disco já começa arrebentando com “End Of The Beginning”, onde encontramos a repetição da fórmula de sucesso da canção “Black Sabbath”, que começa criando uma atmosfera obscura e macabra, dando a sensação de que algo terrível virá à tona. Começa com uma grande explosão e depois vai diminuindo o andamento, para criar um clima de suspense. Logo depois volta a explosão imanente da musicalidade Rock, sempre acompanhada de uma voz nervosa como a de Ozzy no caso. Depois vem “God Is Dead?”, que se tornou carro-chefe do disco e é bastante executada nas rádios e passa por “Loner”, “Zeitgeist”, uma música psicodélica que nos faz viajar no tempo, “Age Of Reason”, “Live Forever”, “Damaged Soul” e encerra com “Dear Father”. O disco contém 8 faixas mas é como se fosse uma eternidade, seja pela longa duração das músicas, pelo clima de revival dos tempos áureos do Rock nos anos 70. "13" é um trabalho desafiador e que enche qualquer um de satisfação e catarse, porque mostra que o que é bom dura para sempre e jamais cai em desuso. Black Sabbath é uma divindade sagrada do Rock/Heavy Metal e mostra que a boa música nunca sai de moda e sobrevive à passagem do tempo sob qualquer circunstância. O álbum teve repercussão imediata a nível mundial e rendeu uma extensa turnê, com direito a quatro shows no Brasil. Todos com lotação máxima e ampla divulgação na mídia. Black Sabbath é de fato uma unanimidade entre os amantes da música pesada e claro, do bom e velho Rock N' Roll.

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